Smartphone lying in a table

BE-Smart: schools with mobile technology

BE-Smart: schools with mobile technology

Completo

Sobre

A utilização do telemóvel na sala de aula é um ato, na maioria das escolas portuguesas, inadmitido e passível de ser sancionado através de regulamentação específica existente em muitas escolas. Esta perspetiva assenta nas premissas de que o telemóvel é encarado como um fator de distração (Froese et al., 2012) por interromper o ritmo da aula quando toca ou vibra, por ser utilizado para copiar (Pickett & Thomas, 2006) ou, no extremo, para o cyberbulling (Holfeld, 2012). É inegável a tentação dos estudantes em olhar para o telemóvel durante as aulas, ler ou escrever mensagens, consultar o facebook, etc, e, escrever uma simples mensagem, pode reduzir a compreensão do que está a ser lecionado numa percentagem que pode variar entre os 10% e os 20% (Lawson & Henderson, 2015). Para além destes factos reconhecidos pelos professores, Thoonen, Sleegers, Peetsma e Oort (2011) realçam ainda o decréscimo da motivação dos estudantes como um fenómeno bem conhecido além-fronteiras e apontam para a problemática da identificação do estudante com o ambiente escolar, isto é, a escola não estará a responder às suas necessidades, interesses e valores. Por outro lado, a literatura é abundante na identificação do propósito de literacia científica para todos,
procurando juntar à preparação teórica experiências contextualizadas que deem sentido aos conhecimentos (Caamaño, 2005; Lopes et al. 2009; Silva, 2010) e que alarguem a visão da utilidade do conhecimento científico para dimensões culturais, sociais e éticas e que sustentem a compreensão do valor da ciência para o individuo e para a sociedade (Silva, 2010).
Talvez por estes motivos se encontrem vários estudos que remetem para uma crescente motivação dos estudantes nas aulas onde se utiliza o telemóvel. Face ao exposto, reconhece-se que os estudantes estarão mais predispostos e a envolver-se numa determinada tarefa se esta incluir a utilização, ativa e dinâmica, dos smartphones (Maia-Lima, Silva & Pereira, 2016). Neste sentido, será desenvolvido e aplicado material didático que permita perceber o impacto da utilização deste recurso na aprendizagem das ciências e da matemática e feito um levantamento da opinião dos envolvidos neste processo - professores e estudantes.

Data de Início

Data de Fim

Coordenador Interno
Membros Internos
Membros Externos
António Barbot Silva
Investigador
Escola Superior de Educação do Porto
José Alexandre Pinto
Investigador
Escola Superior de Educação do Porto
Rui Teles
Investigador
Escola Superior de Educação do Porto